Resumão Idade Média - Parte I

Quando falamos de Idade Média temos que lembrar, obrigatoriamente, da Igreja Católica. Afinal, tal mediava de todas as maneiras o comportamento das pessoas.

Antecedentes:

- Região greco/romana em estado de decadência com seu sistema escravista.

-Átila, o Huno mais temido, seguindo para o lado ocidental com seu exército, amedrontando os povos bárbaros germânico das suas terras.

-Bárbaros invadem a parte pobre da região romana, na tentativa de fugir dos Hunos.

- Surgimento da Igreja Católica a partir das palavras de Cristo, entretanto, sem maiores poderes ainda.

- Reconhecimento da Igreja como religião após a conversão do Imperador Constantino (de Constantinopla) ao catolicismo.

-Povo em busca de algo que as dessem esperança, recorrem à nova religião.

- Pessoas que antes viviam no meio urbano fugiram para zonas rurais por medo dos bárbaros e Unos. Os ricos tinham a propriedade rural para morar e os pobres pediam um espaço na terra e proteção oferecendo em troca de seu trabalho.

-Com o passar das gerações, as pessoas não repassaram a escrita e leitura, devido a nova maneira de viver,  tornando-se indivíduos analfabetos.

-A cultura de má higiene e pactos orais, sempre feitas pelos bárbaros, tornam-se comuns.

Alta Idade Média:

1) Sociedade Estamental - Dividia-se entre rei, alto clero (papa, arcebispo e bispo), baixo clero (padres e alguns monges enclausurados), alta nobreza (títulos de marquês, duques e condes), baixa nobreza (títulos de cavaleiros, barões e viscondes), vilões e servos. As pessoas não conseguiam mudar seu status social durante a vida.

2) Concentração da educação nas mãos da Igreja Católica,  bem como boa parte das terras europeias, 1/3 do ouro e prata e a própria vida do indivíduo, uma vez que se cumpria todas as ordens de tal, esquecendo de viver para si, pois era pecado.

3) Vida rural, sendo o lote de terras a maior riqueza da época, pertencente ao senhor feudal que detinha maior autoridade do que o próprio rei.

4) Cada senhor feudal sancionava suas leis, criava seus impostos e detinha o poder absoluto dentro de sua propriedade. Isso ocasionava problemas entre a burguesia e os senhores, uma vez que para chegar aos mercados necessitava usar as pistas locais dos feudos, pagando impostos a cada local que passava, com moedas distintas.

5) Os senhores cobravam exorbitantes impostos de seus servos em troca de um lar, e este deveria cumprir com todas as suas obrigações. Dos impostos, existiam: 
•Mão morta: se o patriarca da família morrer, terá de ser pago um imposto para a família permanecer usando a casa como moradia, estabelecendo o mais velho como "novo proprietário".
•Talha: quando uma porcentagem da produção do servo iria para o senhor feudal.
•Corveia: o trabalho gratuito nas terras do senhor em alguns dias da semana.
•Banalidade: era um tributo cobrado quando o servo utilizava algum instrumento ou bem do senhor feudal, a exemplo de moinhos, celeiros, fornos, etc.
•Capitação: imposto pago por cabeça, ou seja, por cada membro de uma família servil.
•Tostão de Pedro: dinheiro dado à Igreja Católica para manutenção das capelas do feudo.

6) Nessa época, ainda não se tinha o conhecimento das Américas, uma vez que a Igreja defendia ser, a terra, quadrada e centro do universo (geocentrismo). Quem contestava essa ideologia imposta era punido severamente, perseguido ou morto, então, certifica-se seu poder.

7) Não pode ser nomeada de "Idade das trevas", afinal, enquanto a Europa encontrava-se em regressão, os outros continentes estavam em ascensão, seja econômica, cultural ou socialmente.

8) Existe a relação de suserania e vassalagem, com obrigações mútuas, normalmente de proteção, dinheiro ou terras por parte do suserano e prestação de auxílio militar por parte do vassalo. Era um juramento de fidelidade oral, selado com um beijo (selinho) na boca.

9) No terreno do senhor feudal, o fruto dado pelas florestas era apenas do nobre, sendo proibido para o servo comê-los. Já as pastagens comuns dos trabalhadores não eram grandes, pois no inverno os servos tinham que guardar os alimentos para sobreviver, e quanto mais animais, menos alimento para cada membro da família.