sábado, 6 de outubro de 2012

Resumão de Fisiologia Digestória

Devendo ser chamado de sistema digestório, não mais de digestivo, esta composição de vários órgãos são os responsáveis por toda a nossa força diária, devido a quebra do alimento e conversão deste em energia.



Nossa digestão começa, ao contrário do que muitos pensam, pela boca com a amilase salivar. Daí a importância de mastigar bem os alimentos, principalmente se composto de carboidratos, pois a enzima ptialina é a responsável pela quebra dos carboidratos complexos, transformando-os em açúcares mais simples de serem quebrados pelo organismo.

Nós somos seres difiodontes, ou seja com dois tipos de dentes sucessivos na boca que auxiliam no processo mecânico da mastigação. Lembrando que a nossa dentição não é própria para onívoros, e sim para vegetarianos.

Logo após a boca, o alimento passa pelo esôfago até chegar ao estômago. Mudando de um PH entre 6,5 e 7 para um PH mais ácido (2,0), a comida fica inicialmente misturado com suco gástrico, composto de ácido clorídrico (Hcl), água, sais minerais, enzimas e muco.

O ácido serve para ativar o pepsinogênio transformando-o em pepsina, enzima esta que serve para a quebra de proteínas. Já o muco é útil no revestimento estomacal e protegendo-o do ácido, evitando dois outros problemas muito comuns atualmente: a gastrite e a úlcera.

O momento mais complexo de toda a digestão é no duodeno. Ele recebe de dois órgãos anexos, o fígado e o pâncreas, enzimas e substâncias emulsificantes e soma ao seu suco entérico para quebrar quimicamente todo o resto. Então, pela complexidade do duodeno, vamos fazer um quadro esquemático, a fim de compreender melhor todo o processo.

                                 Enzima                      Atuação
Int. Delgado
maltase, sacarase, lactase, lipase, peptidases e enteroquinase.
quebra da maltose, sacarose e lactose e absorção desses nurientes, além do término da digestão das proteínas.
Fígado 
nenhuma
a secretina produz bile, mandando-a para a vesícula até a colecistocinina liberá-la. Participa do suco.
Pâncreas
Amilase pancreática, lipase e enzimas atuantes nos ácidos nucleicos.
quebra do amido (transformando-o em maltose, sacarose e lactose), lipídios, RNA , DNA e proteínas, etc.


E para finalizar, o intestino grosso. É bom lembrar que ele NÃO faz digestão, e sim, absorção dos nutrientes, graças às vilosidades intestinais próprias para a captação de substâncias ricas em água e sais minerais. Ah, e o intestino grosso possui quatro partes (transverso, sigmoide, ascendente e descendente), posteriormente, o reto. A formação de bolo fecal consistente se dá no transversal, sendo esse o motivo dos tumores fecais, na maioria dos casos, surgirem nessa região.

Curiosidades:



1) A gastrina é um hormônio que promove o aumento do suco gástrico no estômago.

2) O fígado não secreta enzimas, mas sim, substâncias emulsificadoras que contribuem para a quebra do alimento no intestino delgado.

3) A colecistocinina atua também na contração do esfícter pilórico que impede o refluxo gástrico-duodenal.

4) No estômago dos bebês existe uma enzima chamada renina. Ela auxilia a coagular o leite e vai sumindo de acordo com o crescimento do indivíduo.

5) A lipase gástrica não atua efetivamente no estômago, pois o lipídeo é só é quebrado no intestino.

6) O P.I.G. é o peptídeo inibidor gástrico o qual ativa-se quando a comida do estômago chega ao intestino.

7) Existem bactérias mutualísticas no intestino grosso. Elas produzem vários tipos de vitaminas do complexo "B" e vitamina "K".

8) A região endócrina do fígado produz hormônios como a eritropoetina (estimulador da produção de hemácias na medula óssea vermelha) e o cortisol (transformador de proteínas, lipídios e gorduras em glicose existentes também nas adrenais).

9) Quimo refere-se ao estômago. Já o Quilo, o intestino.

10) O intestino delgado, assim como o intestino grosso é dividido em partes, entretanto não são quatro, mas sim, três. São essas: jejuno, íleo e duodeno. O duodeno é onde ocorre exatamente todo o processo antes citado.

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