domingo, 7 de outubro de 2012

Resumão de Genética - Parte II

Nessa segunda parte vamos estudar os heredogramas, também chamada de genealogia (árvore genealógica) para compreendermos os símbolos que aparecem nas provas.Vamos lá!



Observe:



Esses são os símbolos básicos para um bom entendimento da genealogia. Além disso, um casamento entre ambos os sexos é relacionado com um traço entre os dois, enquanto um casamento de co-sanguinidade (entre parentes) existem dois traços, paralelos, entre ambos. 


É importante lembrar de três coisas ao olharmos para a imagem supracitada:

1) A ultrassonografia só consegue identificar o sexo do bebê após 4 meses. Diante dessa, até que se descubra o sexo do feto, é usado o símbolo paralelogramo.

2) Não existem hemafroditas reais na espécie humana, pois ambos os órgãos devem ser férteis. Logo, o símbolo de pseudo-hemafroditas são designados para aqueles cuja protuberância tecidual ou segunda formação, de fato, gere órgãos distintos (feminino e masculino).

3) O símbolo de anormalidade não quer dizer apenas doenças cromossômicas, mas também caracteres adquiridos durante a vida devido a predisposição gênica como a diabetes, hipertensão, obesidade mórbida, etc.

Com base nessas novas informações, que tal vermos um exemplo de árvore genealógica e tentarmos compreender melhor cada parte? Em genética não adianta apenas vermos as teorias, se não buscamos a prática por exercícios, a fim de ampliar nossa compreensão perante esses símbolos semióticos.


Destrinchando, você pode ver que tudo começa no casal lá em cima, com nomes 1 e 2. Ambos tem algum problema genético que é passado para quase todos os seus filhos, entretanto, nas gêmeas bivitelinos, uma delas não apresenta esse problema.

Seus filhos para quem ainda não enxergou são os números 3,4,5 e 6. Mas por quê um dos gêmeos não teve esse problema genético? Só há uma resposta: os pais são heterozigotos, ou seja, Aa, como já explicado no nosso primeiro resumão.

Partindo dessa premissa, o única filha o qual não apresenta tais problemas será recessivo aa, enquanto todos os outros filhos "anormais" terão o gene Aa ou AA que apresentam a mesma complicação genética dos pais.

Agora, observe que um dos filhos desse casal, o número 6, casou-se. A relação deles não é de co-sanguinidade, pois apenas um traço foi feito e você pode observar: ela é um indivíduo normal, ou seja, com características recessivas aa

Quando eles tiveram filhos, todos eles herdaram a característica do pai. Seus filhos são os de número 8,9 e 10. Logo, todos eles são heterozigotos como seus avós. Lembra-se por quê? Porque a mãe é recessiva (aa) e o pai possui o gene dominante (A), seja ele apenas um ou duplo. A junção dos dois genes gera a possibilidade de nascerem com o problema, mas nunca com caracteres duplos, uma vez que a mãe não possui o A.

E, finalmente, uma das filhas do casal 6 e 7 casou com o número onze (também anormal) e tiveram quatro filhos. São duas meninas e dois meninos. Veja que interessante: as meninas não tiveram anormalidades enquanto os meninos tiveram

Se as meninas não tiveram essa anormalidade, isso é um claro indicador de que o pai é heterozigoto como sua mãe (Aa), para conseguir gerar duas filhas com caracteres recessivos. Já os meninos, por terem o problema, segundo a probabilidade, podem ter adquirido de seus pais ou dominância dupla (AA) ou dominância heterozigótica (Aa).


Eaí? Entendeu direitinho todo esse processo?
Você tem que lembrar, nesse caso, que as pessoas comuns são sempre branquinhas por dentro e as pessoas com problemas são hachuradas. Caso seja relacionando um casamento de hachurados que deram, de alguma maneira, um indivíduo branquinho, é essencial lembrar do caractere heterozigoto, pois sem ele o indivíduo comum nunca existiria nesse casal. E, para ter o problema, não necessita ter a dupla dominância (AA), basta ter apenas um A para possuir a característica ou a propensão.

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